quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Movimentos modernos de arte e a ciência


Man and Guitar
2006 Paul N Grech
O início do século XX contou com muitas reviravoltas: a recente revolução industrial, a expansão britânica na Ásia, consolidação das tecnologias vindas com a eletricidade e as novas descobertas científicas que viriam mudar completamente o entendimento sobre a realidade do mundo.
Na carona deste fervo, movimentos artísticos vinham tratando não só de técnicas mas de entendimento sobre como fazer arte, sejam as plásticas, sejam experimentos sonoros.
Pela influência das descobertas científicas, em especial a Relatividade e a Mecânica Quântica, o modo de compreender o mundo foi aos poucos abalado. Não se pode garantir que artistas soubessem ou estivessem ao par do que viria a ser o significado do novo formato dos elementos da matéria. Mas é curioso que fatos quânticos, como o “observar” influencia no experimento científico ou que é “relativo” como se analisa algo que a pouco era considerado absoluto.
Por exemplo, o cubismo, antes que apenas a desconstrução, apresenta um objeto multidimensional, vários instantes de tempo do mesmo objeto ou várias vistas no mesmo instante.

Gitarre und Klarinette
1920 Juan Gris
É curioso que pessoas de áreas diferentes pudessem apresentar semelhanças pela abstração.
Mesmo sendo um período um tanto específico, o cubismo ainda tem seguidores e admiradores. Sua influência na Pop-Art, graffiti e hip-hop, estética de estêncil e muito na arte visual de clipes e cinema.
Justamente o cinema, que é o exemplo mais evidente da “desconstrução do tempo” é quem se aproveita do visual e dos motivos espetaculares que as tendências e movimentos artísticos legaram durante as diversas e diferentes décadas co século passado.
Embora tenha começado ainda na Belle Époque, competindo com as curvas da Art Deco foi o entre-guerras que alavancou o cubismo e outros manifestos artísticos. A Semana de Arte Moderna brasileira embora pareça que estivesse atrasada em relação ao que ocorria na Europa consegue expressar brasilidade e não apenas cópia de estilos e técnicas.

Three Musicians
1921 Pablo Picasso
Por agora é difícil avaliar e prever pela contemporaneidade de muitos movimentos, estilos, tribos e gostos... Mesmo as tecnologias e ferramentas criadas especificamente para algumas criações (como para os filmes Titanic e Avatar) logo ficam no uso comum e disponíveis para experimentos, senão para o vulgo, para uso doméstico e publicitário.\
O que é certo é a velocidade e troca de influências pelas redes sociais, gadgets e mídia. Não há quem não admire crossovers de personagens, situações ou homenagens que aparecem de forma anônima ou copiada, reblogada, reenviada, acelerando o contato e disseminando a expressão, o que por vezes, e muitas vezes, tira o apreço, vulgariza passa despercebido na poluição de infomações.
Quase nada pode ser considerado puro, o que não significa que não seja autêntico ou original.
 
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